segunda-feira, julho 30, 2007

Ainda as nossas bolandas de Bolonha

Afirmo, talvez, com demasiada frequência, que jamais me repito...
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Hoje, por exemplo, não só me vou repetir, como ainda vou repetir o que toda a gente sabe, mas que a curtíssimo prazo irá, certamente, assumir muita importância, em muitas instituições de educação superior - o enquadramento legal de todas as suas formações pré Bolonha - tendo, sobretudo, em conta o facto da formação dominante que sobreviveu entre nós, ter uma duração de três anos (equivalente, em tempo, à do ex bacharelato), mas que se designará com o elegante nome de uma formação em extinção entre nós - a Licenciatura (4 e mais anos).
Refiro-me, em especial, à necessária compreensão exacta, pelo mercado de trabalho, quanto ao entendimento que deve perdurar, sobre o valor formal (facial), das formações de Formandos de Bacharelatos e de Licenciados de Licenciaturas bi-etápicas, do Subsistema politécnico e a dos Licenciados de Licenciaturas de longa duração (5 e mais anos) das Universidades, bem como as dos seus ex cursos a nível de mestrado, e sublinho o ex, porque há sempre muitas pessoas "distraídas", em benefício próprio.
Convém, a este respeito, nunca esquecermos que - com agendas escondidas ou não, quer este processo "Hide and Seek" de Bolonha tenha proveniência nacional, europeia ou ocidental - um dos mobiles, mais frequentemente, esgrimido como fundamento para a decisão nacional sobre a necessidade desta nossa específica "reforma da 'ensino' superior, em curso" seria, exactamente, a promoção de transparência das informações para todos os intervenientes, claro, para não se mencionar a facilitação da mobilidade.
Pelas razões que mencionei, não deixa de ser interessante que, textualmente, surja numa das páginas da Direcção Geral de Ensino Superior, destinada ao esclarecimento sobre os procedimentos a seguir, para acreditação das formações anteriores ao processo de Bolonha, que esta se circunscreva ao efeito de obtenção de novos graus: "Formações anteriores ao Processo de Bolonha são creditadas para a obtenção de novos graus-ESCLARECIMENTO.
Não me parece que esse esclarecimento esclareça grande coisa, até porque sempre que se fala deste tema, a maioria das pessoas discorda que alguma vez possa ou sequer deva ser dada acreditação automática de um bacharelato em cessação a uma licenciatura em iniciação, embora o processo de reconversão, depois de iniciado, todo ele deva ocorrer num ano ou, no máximo, em dois - o que quer dizer que a maior parte das formações antes e pós Bolonha seja, globalmente, muito semelhante, a menos que previamente, as formações leccionadas fossem de muito deficiente qualidade ou para inglês ver, e que as correcções agora aduzidas, pudessem ser também de introdução e interiorização quase instantâneas.
Pergunto então, e quem não quiser prosseguir aquisição formal de conhecimentos em estabelecimentos de ensino nacional? Se esse alguém tiver globalmente uma formação semelhante não se lhe devem atestar as actuais competências tomando como referências as actuais formações, sobretudo se estas forem ou tiverem sido apreendidas e avaliadas em Resultados de Aprendizagem. Esta situação, entre nós, é tanto mais caricata e embaraçosa, quanto o facto de um formando de uma formação, pré ou pós Bolonha desde que o seu grau não seja Português, poder solicitar equivalência de formação em qualquer estabelecimento de ensino superior nacional, em que se leccionem formações idênticas ou afins.
Que o reconhecimento ou equivalência de formações não seja automático, todos concordamos, mas que a solicitação dessa apreciação de equivalência seja interdita a formações nacionais, e que, por isso, os formandos nacionais se vejam obrigados a inscrever-se nas novas formações, através de um intrincado sistema de reingresso, sem limite de vagas, para verem a sua formação anterior acreditada, ou não, face às formações actuais é, a meu ver, no mínimo, um escândalo.
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IMPORTANTE: a confusão reinante, entre nós, sobre estes temas de graus, diplomas e títulos, está de tal forma, que será interessante ver como atinge em cheio, os extractos mais elevados do próprio Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ver em:

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Referências:
http://www.dges.mctes.pt/DGES/Destaques/bolonha.htm
http://www.dges.mctes.pt/DGES/Destaques/Mudan%C3%A7a+de+curso.htm
Portaria_nº401/2007_Reingresso e mudança de curso
Em Portugal, a matéria respeitante à equivalência /reconhecimento de habilitações estrangeiras de nível superior às correspondentes habilitações portuguesas está regulamentada pelo Decreto-Lei nº 283/83, de 21 de Junho e pela Portaria nº 1071/83, de 29 de Dezembro.

sábado, julho 28, 2007

Benchmarking e re-engenharia comportamental

"Quais anti-inflamatórios, quais quê! Obstinada, recalcitrante, lamuriante, autista, tetraplégica mental, preguiçosa e inactiva! A senhora é tal e qual o nosso governo. E, tal como este, é só de um plano austero, implacável de dieta rigorosa e de exercício activo, o que a senhora precisa. Faça alguma coisa de útil, por si e pelos outros! Mexa-se!"
Foi com um ralhete destes, que CG, o meu médico, definiu o "standard e benchmarking" da minha insatisfatória condição de saúde física e me coagiu a um forçado processo de re-engenharia comportamental.
A humanidade não me merece - é que mesmo depois de ter sido insultada daquela maneira, dei razão ao médico. Assim, há cerca de 8 meses atrás, com humildade e em obediência cega aos conselhos, resolvi ingressar no mundo do desporto de alta competição - a natação e, hoje mesmo, acabo de bater o recorde mundial absoluto dos 2,5 metros (leram bem - dois metros e meio, mais ou menos) em “free style”, seguida de triplo saltito mortal (doentinho) em altura e posterior queda livre sobre lajedo e, tudo isto, em 2.5 segundos, cronometrados e perante testemunhas.

Bom, não será bem, bem natação - em piscinazinha coberta e termo estatizada - o desporto que agora pratico, na verdade, trata-se muito mais de uma chapinhaçãozita individual num tanque de 20 metros de comprimento. É um espaçozinho físico que, sempre partilhei com outras 30 pessoas que fazem colectivamente, sob comando especializado de treinadores, hidroginástica, estridente e colectiva, ao som e ritmos de um incansável Inverno de Vivaldi, sempre em último volume, comparável a uma reverberação medida em quase 12 na Escala de Mercali, e que provoca ondas dignas de marés vivas atlânticas.

Perfeitamente extasiada, hoje, atribuí a quietude da água, a desertificação (nem vivalma), o silêncio absoluto e sepulcral que envolviam a "minha piscina" e os arredores, ao facto de ser quase Agosto, e das pessoas estarem TODAS de férias.
Pensei para comigo: maa-raa-vii-lhaaa, hoje estou aqui, inteiramente, por minha conta. E…mergulhei de olhos bem fechados (esqueci-me dos óculos de protecção), na água sereníssima e quentinha, de um só fôlego. Não tinha ainda nem dado cinco braçadas, e bati com toda a força de um aríete, com a minha testa num toco de ferro, que ecoou assim: “toiiiiaannggg....gaanngg”.
A minha pulsação - normalmente, mesmo que chovam canivetes, inamovível nas 75 batidas por minuto - disparou lá para umas 200 ou mais! Juro por Deus, que eu não só vi as estrelas, como ainda vi e tropecei em seis pares de pernas pretas, ataviadas com pés de pato (barbatanas), que se encontravam ali no fundo do tanquezinho de 1,20 m de profundidade a treinar… mergulho.
Dá para acreditar?
Gritámos TODOS, eu e os donos das pernas e dos pés de pato, num coro uníssono, diferentes níveis de palavrões conhecidos e outros nem tanto!
Contundida e muito baralhada das ideias - ainda não me tinha conscientizado do que tinha, realmente, visto - nadei, nadei… Nadei não, voei, voei os cerca 2,5 metros que me separavam das paredes da piscina, e escalei as escadas, simultânea e instantaneamente - isto é, desmaterializei-me da água, e materializei-me estatelada no chão de azulejos, já fora da piscina, com os joelhos e cotovelos ralados, o galo da testa, a latejar furiosamente (bati com a cabeça numa garrafa de ar comprimido) e a pulsação síncrona.
Escusado será dizer que, já esqueci os insultos do meu médico de família, mas o nome dele, o do responsável pela "piscina" e o do "personal trainer de scuba diving" não, e estes foram devidamente acrescentados ao meu já extenso e imorredoiro rol de inimigos a abater.
O que lhes contei não pode ter sido nenhum atentado, contratado e premeditado, contra a minha integridade física e mental, pois não? Mas lá que resultou....

domingo, julho 22, 2007

Negócios Maasai avançados, NP- Hard, ou ervilhas tortas

Ontem, recebi por mail, uma cópia de um curioso artigo: "Advanced food process engineering to model real foods and processes: The "SAFES" methodology" - Journal of Food Engineering 83 (2007) 173-185, que propõe uma metodologia - SAFES - "to calculate and to develop food products and processes with enough information to predict their food quality and safety". Que se danem os direitos de autor - espreitem aqui.
Ando então, desde ontem, muitíssimo divertida, a ruminar e a digerir "o paper" para avaliar a sua utilidade potencial. Quem mo enviou, anda há uns tempos largos, preocupadíssimo e descabelado, às voltas da redacção de propostas de Resultados de Aprendizagem - os famosos "SLO" (student learning outcomes) - para umas unidades curriculares de que é o responsável numa "licenciatura" (politécnica) de Bolonha, e juntou-lhe, lacónico, a seguinte mensagem: sabias disto?
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Esse mail, oportunamente, aterrou durante uma das minhas valorizadas folgas, que me foi destinada após a resolução, assistida por computador, de um intrincado crew rostering disciplinador, que governa a escala de todas as tarefas do dia-a-dia, cá em casa.
Por outras palavras, era um meu familiar, e também o autor da heurística de escalas de serviço doméstico, que estava, ontem no turno dos abastecimentos e da logística geral da nossa vida da próxima semana. Devo dizer que o meu familiar estava felicíssimo porque, já se sabe, sai para as compras mais comezinhas - sempre, com o espírito aberto, a pompa e o aparato próprios de um Vasco da Gama - e regressa, invariavelmente, não com os víveres indispensáveis, e a cesta básica, mas com Troféus - carneiro do Brasil, kiwis da Nova Zelândia, maçãs da Argentina, uvas do Chile, azeite de Ardes (Turquia), etc., etc... Um, dos de ontem, estava assim etiquetado com letras enormes: "ervilhas de quebrar", ao que se acrescentavam muitos outros dizeres mas, em letrinhas invisíveis.
Não sou (nem serei nunca) "especialista de coisa nenhuma" mas, mesmo sem os meus óculos fortíssimos de vista derreada, dava para ver bem, através do filme transparente que envolvia a covete das "ervilhas", que estávamos perante vegetais absolutamente distintos dos passíveis de classificação vulgar de Lineu. Aliás, as "ervilhas de quebrar" não seriam nem ervilhas nem de quebrar, mas o preço sim, cortava a respiração. Fui buscar uma lupa e, sabem o que diziam algumas das letrinhas minúsculas? Origem: Kenya.
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Está bem, dizem-me, mas isto não são problemas, são só subproblemas.
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Pois é. Mas, tentem ver as questões do meu lado e, por favor, se souberem, dêem-me ideias:
1 - O que deve fazer um estudante, que precisará de lidar com questões diversas relacionadas com produtos alimentares: aprender a resolver problemas de NP-Hard? A cultivar ervilhas de quebrar? A arengar em Maasai?
2 - Mas será possível que a globalização de que tanto se fala, nos condicione, futuramente, a comprarmos cebolinho da Tasmânia?
3 - O que devem fazer as pessoas que só gostam de iscas com elas, de jaquinzinhos e de ervilhas tortas do quintal (quando estas ervilhas tenham sido todas comidas por uma praga egípcia de lagartas)?
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"There's something I want to show you.... It's not far from here - in fact, it's almost as close as the next page."

sábado, julho 21, 2007

Nightmares & daydreams dos recorrentes

Fonte da Imagem:
Johnny 5 Look Alikes
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A imagem que associei a este post, a meu ver, tem um nome deveras curioso: "star war rejects and still smilling"
Honestamente, não conseguiria explicar-vos bem porquê mas, esta noite -- ao encontrar (aqui) este vídeo (não tive paciência de ver esta longa-metragem até ao fim) -- lembrei-me não só da designação da imagem que aqui vos deixo, mas também de um ou de outro conto de uma colectânea de histórias de terror, com o nome de "Nightmares and Daydreams" de qualidade muito discutível, assinada por um autor de quem não me ocorre agora o o nome, mas até tenho o livro numa prateleira qualquer, cá em casa.
O que importa, para o caso é que, cada um e todos nós, de uma ou de outra forma, temos os nossos próprios esqueletos de cave ou de sótão, mas será que os cidadãos portugueses e agora também os europeus merecem uma perseguição constante e sistemática, de um qualquer "Freddy Krueger"? - "A Presidência Portuguesa pretende contribuir com um novo impulso na concretização da Estratégia de Lisboa em matéria de Ciência e Tecnologia, e reforçar esta temática na agenda Europeia." de onde extraí a frase:
"O Conselho vai ainda aferir a implementação pelos Estados Membros das metas em matéria de Ciência e Tecnologia da Estratégia de Lisboa no que respeita o objectivo de atingir 3% de investimento em I&D até 2010, com 2% proveniente do sector privado."
Aferir? Como assim, por exemplo, aferir?
Não será que quereriam dizer "rir da"?
Na Europa a 25, e também em Portugal*, seguramente, não vamos atingir essas metas,... e boas!
Será que é mesmo preciso fazermos um "scaling-up" das nossas confusões a uma envergadura continental ?
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*Total gross domestic expenditure on R&D (GERD)
by Sources of funding (year 2003)
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Business enterprise
31,73%
Government 60,11%
Higher education
1.3%
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FONTE: UIS S&T database (2006)
CONSULTA GLOBAL DE INFORMAÇÕES -
http://stats.uis.unesco.org/unesco/ReportFolders/ReportFolders.aspx

quinta-feira, julho 19, 2007

Duas DOBRADINHAS e qualquer coisa mais

Porque tudo isto - PROPOSTA DE LEI N.º 148/X/2 - RJIES - REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR - irá dar ainda muito o que falar, por largos anos, ao longo dos quais haverão eleições de diversas modalidades, tomei as seguintes providências: 2 Decisões; 2 Garantias e uma hipótese.
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DUAS DECISÕES
Primeira decisão
Guardar, a bom recato, uma cópia que colige a documentação das contrapropostas de todos os partidos políticos com assento na Comissão Especializada Permanente de Educação, Ciência e Cultura [1].
Segunda Decisão
Disponibilizar os sites originais, para os leitores que, como eu, sejam mais céticos possam conferir:

Partido Socialista

Partido Social Democrata Partido Popular - CDS-PP

Partido Comunista Português

Bloco de Esquerda
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DUAS GARANTIAS
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Primeira Garantia
Enquanto eu e esta futura lei andarmos por aqui, sempre que me venham pedir o meu voto, nenhum candidato a candidato a coisa nenhuma, me apanhará desprevenida, sobre este tema.

Segunda Garantia
Saberei assim, exactamente, a que partidos posso pedir responsabilidades sobre, os diversos pontos, deste preciso prodígio legal, que nos vai dar a todos muitas dores de cabeça, ou pior ainda, que andámos todos a pagar para nada.
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UMA HIPÓTESE
Efectuar uma análise comparada das contrapropostasXproposta, mas isto assim que eu tiver um tempinho, lá mais para o verão.
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[1] aqui

quarta-feira, julho 18, 2007

Win-win-win situation

Caríssimos e raríssimos leitores deste nosso blog, dizem os manuais da modernidade que, para não estagnarmos no tempo, devemos sempre diversificar, e expandir as nossas actividades, assim, resolvi ampliar as chances de sucesso deste nosso ponto de encontro - POLIKÊ?.
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Como? - perguntam-me.
Resposta:
Aprendendo com os que sabem, ao aproveitar a oportunidade de integrar(mos) uma parceria deveras interessante - a construção permanente de um blog colectivo generalista, a n mãos/cliques - tendo por timoneiro aquele elemento português pioneiro de bloggers, em Portugal, dedicado ao ensino superior, João Vasconcelos Costa (JVC).
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Todos se lembram e conhecem bem o seu incansável trabalho e serviço prestados ao país, através da blogosfera, no sector da Educação Superior, nomeadamente e, por exemplo, só para citar os dois mais recentes:
- Portal: Reformar a Educação Superior - que sistematiza a informação nacional e estrangeira, bem como compila opiniões de diferentes personalidades, sobre essa temática.
- Blog ApontamEntoS, que decidiu encerrar a 30 de Abril deste ano, para dar maior expressão ao seu projecto blogosférico mais generalista - Bloco de Notas - que ele mesmo definiu como dedicado à actualidade política e social, mas também sobre as raízes das ideias.
Qual é a metodologia? - perguntam-me.
Resposta: Vou utilizar, com a autorização de JVC, a velha ideia do Time Sharing. Ora vejam lá se todos concordam:
Manterei e, com a vossa ajuda, aperfeiçoarei continuamente este nosso espaço de arengas, tal como hoje o conhecemos mas, simultaneamente, vou poder aprender a partilhar estas e outras dúvidas e formas de pensar num blog, melhor pensado, mais sensato e bastante mais diversificado, em temas e interesses.
Desta forma, todos nós, digo, eu e os meus caríssimos e raríssimos, sairemos beneficiados, e quando houver novidades, por lá, aviso aqui no POLIKÊ?.
Ou, se preferirem, passem também a passar por lá!
O endereço do 'lá' é este: http://meubloconotas.blogspot.com/.
Por outras palavras, não mudo de casa, ou de pucarinho nem vou de abalada com as minhas malas e muito menos com a minha cuia.
Vamos é ter todos melhores acessibilidades.
Concordam comigo, não é verdade? Sei que sim!
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E, amanhã ou logo à noite, não se esqueçam de dar uma espreitadela às nossas DUAS residências cibernéticas.
Em qualquer das nossas, agora duas, luxuosíssimas mansões, estarei sempre, sempre à vossa espera. Então até já!
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OBS - Lá, por questões de espaço, vou ter que maneirar com a publicação das nossas alusivas imagens, porque caso contrário, aí sim, em pouco tempo, é que teriamos, então, que todos nós mudarmos, e com mais aparato que o da fotografia deste post.

Vá.., no máximo, tomem lá dois para cada um, depois EU quero perfeito silêncio!

É o que se diz:
1. Universidades e/ou Politécnicos "não vão perder as suas" unidades orgânicas que evidenciem a Síndrome de Alberto João, e os actuais dirigentes permanecem em funções, até à nova organização estar implementada. Em anos, isto vale quanto?
2. Reitores e/ou Presidentes podem continuar a ser eleitos por um círculo eleitoral democrático,
adequadamente, restrito e manobrável, e o Conselho Geral (órgão que se pretendia ESTRATÉGICO, passou agora aquela coisa 'estratégicazinha com obliquidade sinuosa') aumenta para 35 membros - eh! eh! eh! Vai ser giro.
3. Politécnicos "não perdem o direito às fundações", mas não haverá cá fundações, para ninguém, que não tenham, pelo menos, 50% de Receitas Próprias - isto é, receitas próprias daquelas que são provenientes de fundos públicos (contratos programas, encomendas de estudos, pareceres, relatórios, contratos diversos e palpites sortidos), cujo poder de atribuição continua a ser, inteiramente, governamentalizável. E a instituirem-se fundações, serão só lá para depois de 2009. Foi um ganho importante!
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Vá, agora peguem os vossos doces, e vão brincar lá para fora, .... e olhem, ... depois também não quero ouvir mais, nem um piozinho!
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Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sinceramente, tiro-lhe o meu chapéu, porque seleccionou a oportunidade e conjunturas políticas, realmente, certas e porque reuniu uma colecção de oponentes à sua altura.
Resultado do "game" em contra-relógio: Dois a zero, a seu favor. PARABÉNS!

terça-feira, julho 17, 2007

No comments, on multi-purpose

Arranhões, sim. Mas, serão só dos felpudos?

Louvo o esforço e duvido muito da eficácia, mas tomara que sim...
Quero dizer que, das 238 alterações (ver aqui ou aqui) - que a Comissão de Educação Ciência e Cultura irá propor (dias 17 e 18 de Julho de 2007), para alteração do articulado da Proposta de Lei nº 148/X. - algumas consigam "arranhar" e infectar, irreversívelmente, uns quantos dos 184 Artigos originais.
O pior, é a vacina da maioria.
Clamemos por milagres!


Ver (aqui) de onde extraí:
"ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA
REUNIÃO DO DIA 17 DE JULHO DE 2007. 09:00 Horas

ORDEM DE TRABALHOS
1. Aprovação da Ordem de Trabalhos
2. Aprovação da Acta da reunião anterior
3. Comunicações do Presidente
4. Proposta de Lei nº 148/X - «Aprova o Regime Jurídico das Instituições do Ensino
Superior» e e Projecto de Lei nº 271/X, do PSD -«Lei de Autonomia das Instituições
de Ensino Superior». Apreciação e votação na especialidade
5. Outros Assuntos
...."

e cenas dos próximos capítulos (aqui):

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
(continuação da OT do dia anterior)
«Continuação da apreciação e votação na especialidade do Projecto de Lei nº
271/X, do PSD -«Lei de Autonomia das Instituições de Ensino Superior» e Proposta
de Lei nº 148/X - «Aprova o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior»
Data da próxima reunião
Sexta-feira, dia 27 de Julho de 2007, das 11.30 horas às 13.00 horas.
REUNIÃO DO DIA 18 DE JULHO DE 2007
ORDEM DE TRABALHOS
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA
09:00 Horas

Síntese se eventos - ver "aquis":
AUDIÇÃO PÚBLICA
Diplomas (PPL 148-X e Projecto de Lei nº 271-X)
PARECERES

domingo, julho 15, 2007

RePeta

Ora abóbora!....,
Vai-se a ver, e muitos de alguns de nós até acreditaram nisto:
"O PS é favorável ao sistema binário: a coexistência de formações e ambientes de ensino e pesquisa de perfil mais universitário e de perfil mais politécnico constitui uma riqueza de que não deveremos abdicar. Mas isso não quer dizer divisão estanque entre os dois subsistemas, nem menorização do politécnico. Em particular, a possibilidade de concessão de graus deixará de estar fixada por critérios unicamente administrativos, para passar a depender da satisfação de requisitos, exigentes e comuns, de qualidade." (Ponto 2.3, primeiro parágrafo, da página 54, Bases Programáticas, Partido Socialista, Legislativas 2005).
Eh! Eh! Boa piada.
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.Devo esclarecer os meus caros e raros leitores que, pessoalmente, me bastou o actual Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior pertencer, logo de raiz, ao grupo dos proponentes dessas bases programáticas, para jamais acreditar no rigor desses bons propósitos.
Assim, estou apenas muito irritada, com quem acreditou, e com as habilidades governamentais decorrentes, neste e noutros domínios mas, para falar a verdade, não estou nada desapontada.

sexta-feira, julho 13, 2007

Sim. Porquê? Porque sim! ou Não. Porquê? Porque não!

Para os meus raríssimos e caríssimos leitores um pouquinho mais distraídos do que eu (penso que não existem, mas...) movo céus e terras para saber o que o nosso MCTES anda sempre a aprontar.
Hoje, sendo 6ª feira 13 - um dia aziago, decidi apurar por onde ele andaria, já que hoje era também, naturalmente, dia da emissão do parecer Favorável da maioria da comissão.
Topologicamente, tenho andado a circular, em planos paralelos e, por isso, foi por puro acaso, que o vi mencionado num ponto muito interessante da Agenda da Assembleia da República de hoje, e que diz o seguinte:
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA. REUNIÃO DO DIA 13 DE JULHO DE 2007. 14:30 Horas. ORDEM DE TRABALHOS. Ponto Único: Reunião com o Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ass: Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. Só lhes contei isto, porque estou convencida que o charme do Senhor Ministro vai mesmo convencer a maioria dos deputados.
Entre os diversos aspectos, o Senhor Ministro repitirá, na referida reunião com a comissão, argumentos demolidores como estes que foram publicados no Jornal de Negócios, de que extraio três frases, e não resisto a contra-argumentar:
[1]"De acordo com Mariano Gago, as instituições de ensino superior terão de demonstrar as "reais" vantagens na adopção do regime de fundação de direito privado, provar a existência efectiva de condições de gestão, aumentar a "massa crítica" através da constituição de consórcios com instituições de investigação e apresentar receitas próprias, entre outros critérios.
[Contra Argumento] - Mas para aumentar massa crítica são precisas fundações de direito privado? Porque sim?
Não dá simplesmente para as pessoas das instituições se juntarem em torno da reflexão sobre questões de interesse comum?
[2]"Há enormes vantagens na criação de consórcios, sobretudo tendo em vista a colaboração formal com instituições de investigação, por exemplo", reiterou.
[Contra Argumento] - Conheço um bom par de instituições, que participam de consórcios e não precisaram de fundações de direito privado. E então, estas estruturas são para as instituições colaborarem? Porque sim?
[3] Sobre a impossibilidade de os politécnicos se converterem em fundações, como prevê o decreto-lei em discussão na especialidade na Assembleia da República, Mariano Gago considerou que, "para já", não vê vantagens nessa transformação. "
[Contra Argumento] - Porque não? Eu penso que sei muito bem as razões, porque o Senhor Ministro assim pensa, mas gostaria muito de ouvir da sua própria lavra, um argumento ligeiramente mais inteligente e convincente, do que simplesmente: "para já" não vê vantagens...
Ah! Não? Eu veria muitas, mas também não lhe digo! Porque - apesar do pouco brilho de raciocínio manifestado, neste particular - tenho a certeza que irá acabar por descobrir sozinho.
Percebi! É porque os politécnicos não precisam de massa crítica, e podem prescindir de colaboração para a investigação. Aliás, os politécnicos só precisam de paciência para a"visão" do Senhor Ministro.
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Um outro ponto controverso, sobre as fundações é que, pelos vistos, os critérios serão publicados até ao final da legislatura (2009) "Lisboa, 10 Jul (Lusa) - O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, anunciou hoje que o Governo irá emitir até ao final da legislatura (2009) um decreto-lei para definir os requisitos necessários à transformação de uma faculdade em fundação pública de direito privado" (ver aqui).
O Senhor Ministro ainda não sabe quais são os critérios, sabê-los-á, eventualmente, dentro de dois anos. [Penso que o Senhor Ministro pensava que esta coisa de paraísos fiscais de fundações "públicas" ia ser uma coisita facilzinha, não era? Muita gente, esperançosamente, pensou assim... Azar!] - no entanto, o Senhor Ministro já sabe que são estruturas dispensáveis à sua "visão" dos Politécnicos. Olhem, meus amigos, porque o Senhor Ministro, sem ter perdido ainda nada, "para já" (até 2009) "acha"que não!
Porquê?
Ora, é evidente! Porque NÃO!

quarta-feira, julho 11, 2007

Chumbinhos da minha espingarda de pressão de ar, e não só...

Anteontem, resolvi descontar um dia às minhas férias, matar o trabalho, tirar uma "folga para valer", e parti em expedição para a capital, a fim de participar de uma sessão de cerca de 10 horas, de psicoterapia de grupo, gentilmente, proporcionada pela Comissão Parlamentar Permanente da
Comissão de Educação, Ciência e Cultura, na Assembleia da República, acerca daquela famosa Proposta de Lei nº 148/X, ou seja, o RJIES...lembram-se?
Pois,... Uma coisa que muito me distrai, entusiasma e maravilha é ouvir, atentamente, pessoas (incluindo eu própria) a emitir a sua opinião, acerca de ideias sérias ou estapafúrdias próprias e/ou alheias, sobre o futuro dos outros..., especialmente, se entre os outros pudermos incluir consequências para as vidas de gerações vindoras.
As minhas notas, sobre o referido evento, são estas:
1ª nota - Não percebi bem, o que foi fazer esta proposta de lei à citada, Comissão; e por falar nisto, na minha modesta opinião, se eu fosse ao Senhor Deputado Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República, teria já tomado duas providências, com representativo impacte económico a nível nacional, a saber: a) tudo o que não fosse deputado do Partido Socialista seria, liminarmente, devolvido aos procedentes círculos eleitorais, e b) a única Comissão que permaneceria, em funções, na Assembleia da República mas só com os Deputados Socialistas, seria a Comissão de Orçamento e Finanças, para efeitos de revisão de contas dos custos nacionais das legislações em trânsito para aprovação. Meus caros e raros leitores, façam lá as vossas continhas, e confirmem se não chegam à mesmíssima conclusão que eu.
2 ª nota - Penso que a Comissão da Educação Ciência e Cultura, bem como qualquer das outras, está totalmente refém de decisões tomadas fora da sua esfera de influências. Por outras palavras, e por exemplo, mesmo tendo sido expressas, durante a audição, apenas 2,5% de opiniões suficientemente favoráveis ao documento (2 em 77), não me pareceu, que a Comissão pudesse fazer o que quer que seja, para corrigir os incorrigíveis texto da proposta, e/ou autorias, nem sequer intervir nas condições de oportunidade da discussão e análise da proposta. Se os membros desta Comissão estivessem à mercê de membros extremistas-radicais da Fatah, garanto que teriam muito mais margem de manobra e direitos de verbalização pública. Assim, os comissários terão que enviar, até 6ª feira, dia 13 de Julho de 2007, o seu parecer votado, favoravelmente, por maioria.
As queixas assumidas por 75 das 77 pessoas que expressaram reservas ao documento, foram catatonica e, obcessivamente, estas: inoportunidade da época para apresentação e análise da proposta; muito pouco tempo disponível para implementação do novo regime - apresentação dos estatutos; reduzida representatividade do corpo discente; representatividade nula do corpo não docente e atemorização paralisante, perante o novo terror - aquela maravilha fiscal das fundações privadas de direito público, ou vice versa; duas das 77 pessoas, usaram da palavra, apenas para entregaram formalmente, por escrito, as suas opiniões.
Em resumo, penso que, à excepção de rectificações de pormenor semântico, de vírgulas e de assentos circunflexos, o documento - a lei ilegítima, como a considera Virgílio Machado - será aprovado, tal como o conhecemos.
Se os meus caros e raros leitores me perguntarem, porque é que eu não lhes relatei nada antes, é só porque tenho uma pessoa minha amiga, com centenas alunos, exames a duplicar, para corrigir de cinco cadeiras, 6 estagiários em empresas privadas, a fazerem relatórios finais que ainda serão discutidos, e a obrigatoriedade submissão de um documento tipo relatório-misto de vidas passadas e de estratégias de futuro, que ainda não percebi bem o que é, à FCT, até ao proximo dia 15; e, então, tenho estado a ajudar aquela infeliz criatura.
Espero que compreendam e aceitem as minhas prioridades.

domingo, julho 08, 2007

"O paradoxo do observador"

Enquanto eu ainda não consegui sequer ter dúvidas sobre a física teórica, dizia-me uma pessoa amiga dessa classe profissional, aqui há tempos, que na física quantica se deve considerar: o principio da "superposition that claims that while we do not know what the state of any object is, it is actually in all possible states simultaneously, as long as we don't look to check...... It is the measurement itself that causes the object to be limited to a single possibility."
Ao tentar explicar-me a questão, o físico teórico descreveu aquela história macabra-cruel do gato de Schrodinger, que todos os meus caros e raros leitores conhecem e entendem bem melhor do que eu, mas que, para mim, é um dogma que lhes recordo: se colocarmos um gato vivo, conjuntamente com uma ampola de ácido cianídrico e um átomo de uma substância radioactiva, dentro de um caixote de chumbo, hermeticamente fechado e, entretanto, o tal átomo radioactivo entrar espontaneamente em desintegração radioactiva, acompanhada da emissão de raios alfa, beta ou gama, estes podem accionar um mecanismo que parte a ampola, libertando o gás venenoso que mata o gato. O que quererá dizer que o referido gato pode, em qualquer altura da experiência, estar simultaneamente vivo ou morto???
Por acaso, hoje cá em casa, testemunhei um bate boca familiar, sobre o facto de alguém ter declarado publicamente que o plano tecnológico estava já 86% concluído, e pensei: Aqui há gato!
Lembrei-me do gato de Schrodinger e de um arquivo (caixote) do plano tecnológico - Digam-me a verdade, também já não se lembravam disto, pois não? - eu não e, por isso, fui repescar o conteúdo do dito caixote, e aqui estão os meus espantosos resultados experimentais, e respectivas conclusões:
a) No Plano Tecnológico original continua a não se perceberem os objectivos;
b) Os poucos indicadores e ou prazos, incluídos na versão original, não batem com os indicadores actuais e as medições agora efectuadas;
c) O Plano Tecnológico original sempre foi, e ainda é, um monte de "gatos" bem vivos.
d) Pelo registo fotográfico do soninho reparador do canário, que utilizei para o teste da sobre vida, demonstra-se que o plano tecnológico é um gato morto.
e) Como o canário da experiência é mais velho que o Plano Tecnológico, demonstra-se que este nunca chegou a nascer.

Por favor, não fiquem já desconfiados dos meus achievements, antes porém, meus caros e raros leitores, mantenham o espírito aberto.
Peço-lhes que assumam o papel de "referees", porque receio conclusões precipitadas, em artigos científicos. Para o efeito, consultem (aqui) as referências fundamentais, das quais destaco o Relatório de Execução de Plano Tecnológico e o Plano Integral, propriamente dito do mesmo, no endereço seguinte:
http://www.esnips.com/doc/7da4da17-79e2-4ee3-b139-0ad13adec20c/Rel_Execucao_Plano_Tecnologico_Jun_07

quinta-feira, julho 05, 2007

Registo em arquivo falecido - Papel selado de 25 linhas




Ficam aqui registados os Serviços mínimos nanométricos, que eu preciso para o RJIES, clicando na figura, ou no endereço seguinte:


3AGQES Aprovado na globalidade

Diz-nos o Público de hoje, que:
" Maioria socialista aprova novo regime jurídico da avaliação do ensino superior 05.07.2007 - 20h46 Lusa.
O novo regime jurídico da avaliação do ensino superior foi hoje aprovado em votação final global, apenas com os votos favoráveis da maioria socialista.
........

Uma das componentes é de auto-avaliação das instituições, "que é o principal veículo de incremento de uma cultura interna de qualidade". Outra componente é a avaliação externa, desenvolvida pela Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior.
.......
Outra componente é a avaliação externa, desenvolvida pela Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior."
"O novo sistema de avaliação prevê a intervenção dos estudantes"
__________
Tudo nesta lei é muito inovador, nunca se tinha visto nada disto antes, a começar pela participação dos estudantes. Rima, não é?
Segue-se a aprovação da especialidade... dentro de dias...

terça-feira, julho 03, 2007

ATENÇÃO POR FAVOR!!!!! MOBILIZAÇÃO GERAL!

"Audição Parlamentar sobre o Regime Juridico das Instituições do Ensino Superior.
No âmbito dos trabalhos de apreciação na especialidade da Proposta de Lei nº 148/X, que "Aprova o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior" e do Projecto de Lei nº 271/X, do PSD, relativo à "Lei de Autonomia e de Gestão das Instituições de Ensino Superior", a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura vai realizar uma Audição Parlamentar, no próximo dia 09 de Julho, das 10h00 às 19h00, no auditório do Edifício Novo da Assembleia da República.

Os interessados em participar na referida audição devem efectuar a sua inscrição, até ao dia 6 de Julho, nos serviços de apoio à Comissão, pelo fax nº 21 391 74 48 ou pelo endereço de correio electrónico: mailto:comissao.8a-cecc@ar.parlamento.pt
Ver programa (aqui)
Ver original aqui:
http://www.parlamento.pt/destaques/audparl_reg_juri_en_sup/index.html?ID=47

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Running special business...

Se alguma dúvida pudesse ainda pairar nas nossas cabeças, sobre as vantagens financeiras, de alta selectividade, que as apregoadas Fundações Públicas de Direito Privado ou vice versa (pelos vistos), vagamente descritas na Proposta de Lei n.º 148/X , a tal do RJIES (ainda se lembram disto?), podem consultar no Blog de Campus, a opinião do Senhor Presidente do Instituto Superior Técnico, Carlos Matos Ferreira, emitida durante a entrevista intitulada
"Nenhum país pode prescindir de ter instituições de elite" publicado no Jornal de Negócios. Sobretudo, atentem ao par pergunta-resposta como se segue:

"Já elencou as principais vantagens da alteração de regime. Não há riscos?
O maior risco é de financiamento. Não temos dúvidas da boa-fé do Governo de que assegurará contratos de financiamento plurianuais do Orçamento de Estado. Mas sabe-se lá que governos vão existir no futuro e se esses compromissos vão ser assumidos. Porque não se trata de uma privatização. Nós não queremos ser uma instituição privada, mas uma instituição pública com um modelo de gestão diferente."

Penso que se este Senhor Presidente pensa em aproveitar (agarrar) esta "oportunidade" de ter um contrato plurianual (fundos públicos) chorudo, tem toda a razão. Podem crer, até nem eu, que sou muito mais burra, perderia um "negócio de grego" destes.

É por isso que o meu cavalo de batalha sobre o RJIES, e não desmonto, é de facto a origem dos tais mais do que 50% dos fundos privativos para a gestão da "Fundação" (um contrato Programa, pago na sua maior parte, por um Orçamento Geral de Estado, pode integrar a parcela dos meios privativos?).

Ah! ... Brilhante!....
Tendo chance, darei uma de Joe Berardo, e guincharei "done"!
Mas, eu também quero uma coisa de elite destas... Os meus caros e raros leitores não?
Onde e quando é que eu posso assinar uma "escritura" como esta?
Por vezes, vemos as ambições institucionais da nação, sobre o MIT....
Pois...
Só que, por favor, vejam aqui, no artigo "Building MIT's Resources"como foi a síntese das contas deles, em 2005-2006: "During the 2005-2006 fiscal year, private organizations and individuals gave or pledged a total of $301.3 million, the second highest total in MIT's history. Individuals were responsible for the biggest share of that total, at $205.7 million". Uma parte (9.9%) dos orçamentos anuais privados INDIVIDUAIS do MIT tem origem em doações/donativos dos seus antigos alunos. Deve ser por isso, que é manifesto, o interesse expresso no RJIES, por ex-alunos e suas organizações. Com o IST a querer passar a fundação, cerca de 3 meses depois de Lei aprovada, talvez alguns de nós devam emigrar.... ou, em alternativa, solicitar atestado de indigência, à Assistência Social.
Esta coisa do financiamento público das fundações de IES, poder ser gerido à La Piovra ... connosco? Portugueses Residentes? Meus caros e raros leitores, vai ser uma festa.... claro, o pior será que uma larga maioria não será convidada, mas sim co-anfitriã na amarra.

domingo, julho 01, 2007

Restaurante encerrado para o almoço e jantar do pessoal

Profeticamente, na 6ª feira passada, j. r. cadima, do blog Universidade Alternativa, baptizou um seu post assim: "Um fórum para valer ou só para fazer de conta, mais uma vez? ".
Penso, que não fui só eu, mas mais pessoas ficaram esperançadas em poderem dizer, de sua justiça, publicamente, num espaço único específico do tema - página do parlamento - o que pensavam sobre a Proposta de Lei nº 148/X, do Governo, mais conhecida entre amigos e inimigos por RJIES.
Como sempre que o j. r. cadima nos dá uma das suas utilíssimas pistas fui, logo a correr, aproveitar a dica - e, na 6ª feira, escrevi o que me ia na alma, acerca da referida iniciativa legislativa. Só que, desta vez, para minha própria perplexidade, fui mesmo muito educadinha, como convém a uma senhora. Porém, como sou precavida e "conheço bem os índios da minha taba", pelo sim pelo não, coloquei também o extracto dessa minha mensagem - a tal que depositei no tal fórum, na 6ª feira, por volta da 8 da tarde - no post anterior deste blog.
Bom, eu não sabia, é que a gestão de informação, em suporte informático, no nosso parlamento segue o padrão nacional, deve ser uma tarefa "9 to 5" - como se meteu a noite de 6ª feira, sábado e domingo, e o que estava no fórum não se alterou - presumo que a gestão informática à distância, não faz ainda parte dos procedimentos usuais, nessa nossa casa das leis...
Para eles também é líquido, que quem participar do tal fórum, deve ser funcionário público e, como tal, só se pode interessar por assuntos do interesse colectivo que não os próprios, durante o horário normal de expediente, porque aí, não terá nunca, mesmo nada para fazer...????!!!! Feliz de quem Deus ou o Diabo queiram bem...
Assim, e tal como todo "o muito bom funcionário público da poética imagem", colocaram qualquer coisinha na "net", na 6ª feira de tardezinha, e abalaram sossegadinhos, para o fim de semana, de férias, de descanso eterno, sabe-se lá para onde, porque afinal ninguém é de ferro.
Deve ser por metodologias "personalizadas" como esta, que os Fóruns (informáticos) do nosso parlamento têm tão pouca adesão, e as leis saiem como saiem, mas cá estamos nós todos depois, para nos queixarmos e "zurzir" os governantes quer eles mereçam apanhar sozinhos, ou não.

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