quarta-feira, abril 30, 2008

Felicidade Interna Bruta

Durante os primeiros dias desta semana, transportei para o vértice superior direito da nação, 3 dezenas de telemóveis, quase outros tantos IPod e talvez mais pares de auriculares, pertencentes a outros tantos «projectistas aprendizes», que estão a "bolar" um projecto para uma empresa real.
As «ideias inovadoras» discutidas com os "donos de obra" - como quase todas as daquela classe - foram fantasiosas e, quantitativamente, muito mais numerosas que os «autores» proponentes mas, felizmente, a empresa promotora manteve-se firme: digam-nos quanto custa, digam-nos quanto se ganha e, exactamente, a partir de quando!
Discutiram-se vivamente questões de PIB, taxas de amortização FTIR, FOB e CIF, Financiamentos e garantias bancárias, Concorrências, e Concorrências para financiamentos, etc....etc... .
Alguém, novinho, no meio de animadíssima discussão alvitrou que talvez pudéssemos todos ser muito mais felizes se ligássemos menos ao target "DINHEIROS".
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O engraçado, é que já outras pessoas e também entidades muitíssimo mais respeitáveis andam a dizer o mesmíssimo, e também outros que dizem precisamente o oposto:

PIB ou FIB: as lições do Butão. Conheça o reino de Butão, onde a Felicidade Interna Bruta é o fator mais importante.

http://www.happyplanetindex.org/map.htm - Roteiro Mundial da Felicidade.

Veenhoven, R., World Database of Happiness, Distributional Findings in Nations, Erasmus University Rotterdam: http://www.worlddatabaseofhappiness.eur.nl/index.html

Wellbeing and happiness in OECD Countries http://www.treasury.gov.au/documents/1107/PDF/02Wellbeing.pdf

Measuring Well-Being: 'The pursuit of happinness' http://www.belfasthealthycities.com/admin/editor/assets/dr%20gaffney%20dec%202007.pdf

http://blog.uncovering.org/archives/2007/11/_a_subjectivida.html

http://www.neweconomics.org/gen/uploads/dl44k145g5scuy453044gqbu11072006194758.pdf

Whitehall Well-Being Working Group

Countries of the World in rank HPI order

Quem estará com a razão? Andamos nós, como povo, a ficarmos "mais felizes" ou "menos felizes"? O que dizem, sobre Portugal, desde 1985, no World Database of Happiness. Happiness in Nations. Trend Report 2007-4: Pp. 16.

MISTAKE

Estes convívios internacionais parecem estar a surtir um primeiro efeito fenotípico, com impacte geral!
Estará a Educação Superior Portuguesa, a civilizar-se?
Foi só um lapso da Equipa?
Foi mesmo uma primeira correcção consciente tão necessária ao RJIES?
Há bocadinho, no Jornal Público, surgiu uma POTENCIAL boa notícia, com origem atribuída ao Conselho de Ministros:
"O Governo aprovou hoje medidas de simplificação do acesso ao ensino superior, criando o regime legal de estudante a tempo parcial e permitindo que estudantes e não estudantes frequentem disciplinas avulsas nas diversas instituições."
Vamos ver como irá ser formalizada a redacção do Documento Final, no entanto, tenho muita esperança de se vir a implementar uma boa medida.
Podiam continuar, não é verdade?

sexta-feira, abril 25, 2008

Só por difracção

Incluo-me, actualmente, naquele grupo etário que, de forma muito simpática vem sendo referido como (quasi) senior, juventude deficitário, ou "experiência"-beneficiado.
A minha memória que nunca foi "aquelas coisas" aposentou-se de vez!
O que melhor me recordo da noite de 24 para 25 de Abril de 1974, foi de estar, em casa, Carcavelos, a meio de uma noite muito nevoenta, sentada nervosa, aflitíssima e a roer unhas, no meu estirador a tentar concluir dentro de um apertado prazo da chegada da "zorra" de Espanha, que transportaria na manhã seguinte um Caterpillar D6 (um clássico) e uma moto-niveladora que me parecia enormíssima, ao local de meu projecto de mobilização mínima de terras para a Herdade da Comenda (Elvas) - já se trabalhava em optimização à época, com programação linear, calculada à pata, a régua de cálculo e a maquinetas Rowenta - e, não mais que de repente, diante de um imenso mar de contas por acertar e de poligonais por fechar - desatar a ouvir a Grândola Vila Morena - de que muito gostava e ainda gosto.
E depois, ... depois, silêncio.... Pensei que fosse mais um dos achaques das válvulas do meu cansado rádio... e não liguei, aliás nem tinha tempo para ligar ao que quer que fosse...
Grândola Vila Morena era "coisa" que não passava na rádio, à época, por um motivo qualquer que nunca percebi bem qual fosse - não achava então, e ainda hoje não acho que fosse, como dizem, "de intervenção", descrevia, isso sim, uma imagem do Alentejo, o daqueles tempos.
Lembra-me bem de ter pensado: "olha, olha... a nossa parvoíce está a passar-nos...".
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Enganei-me! Não estava! Ainda não nos passou!
É um defeito nacional de sequenciação da cadeia ADN; se formos atrás desta hipótese, e corrigirmos o defeito, de certeza que ficaremos milionários.
Só às 4:00 da manhã, e ainda sobre o estirador, o meu rádio, sempre aceso, ressuscitou, e ouvi uma coisa esquisitíssima: Aqui, posto de comando do Movimento das Forças Armadas,....
Mais uma vez não liguei, e fui dormir, para arrancar para o Alentejo, 3 horas depois.
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Hoje, porque justamente esse tempo, para mim, não é mais do que uma colectânea de vagas lembranças e muito contraditórias - que incluem g3, GNRs, proprietários de herdades apavorados, vacas leiteiras convertidas em churrascos, gente revoltada e pessoas felicíssimas - fui rever alguns factos de 1974, além dos 25% de analfabetos que éramos (o ano passado, 2007, éramos já só 12,5%):
Ano lectivo: 1974/75 (número de alunos)
Escola Primária - 941 765
Liceu * - 612 371
Técnico Profissional * - 123 044
Ensino Superior ** - 58 605
Total - 1 735 785
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* Oficial e privado
** Universidade de Coimbra, Lisboa, Porto, Técnica de Lisboa
O orçamento global do Ministério da Educação em 1973 foi de 6 000 000 de CONTOS.
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"De facto, em Agosto de 1973 foram criadas as Universidades Nova de Lisboa, de Aveiro e do Minho e o Instituto Universitário de Évora, bem como os Institutos Politécnicos da Covilhã, Faro, Leiria, Setúbal, Tomar e Vila Real, e ainda os Institutos Politécnicos de Coimbra, Lisboa, Porto e Santarém, por reconversão e fusão dos institutos industriais e comerciais e escolas de regentes agrícolas existentes nessas cidades."
"Em Abril de 1974 estavam em pleno regime de instalação as Universidades Nova de Lisboa (Reitor Fraústo da Silva), Universidade do Minho (Reitor Lloyd Braga), Universidade de Aveiro (Reitor Vítor Gil), o Instituto Universitário de Évora (Reitor Ário de Azevedo) e ainda os Institutos Politécnicos da Covilhã, de Vila Real e de Faro e as Escolas Normais Superiores da Guarda, Lisboa e Ponta Delgada."
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Éramos então todos muito mais novos.
E agora? Estamos nós todos melhor ou pior?
Penso que a resposta mais adequada será: Estamos diferentes e, felizmente, bem vivos!
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Referência: Elvira Brandão. 2004. A ESTRUTURA ORGÂNICA E FUNCIONAL DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL AQUANDO DA REVOLUÇÃO DE 25 DE ABRIL DE 1974

quarta-feira, abril 23, 2008

Hiperrealidades e emergências

Meus caros e raros leitores, estou com uma vaga impressão que a nossa educação superior tornou-se numa sucessão de acontecimentos criados pela imaginação - hiperrealidades ou de cópias imperfeitas de um mundo real (Jorge Luís Borges?).

Enquanto as criações de eventos e de sound-bites se circunscreveram ao território exclusivo dos profissionais de comunicação social, embora influenciando a nossa agenda de discussões e de pensamentos soltos, podíamos dormir descansadinhos, mesmo de papo para o ar...

O pior é que, ultimamente, para todas as áreas do conhecimento, quase todos os dias descem ao terreiro da nossa indústria noticiosa sobre a educação superior novos protagonistas não profissionais - os freelancers - isto é, pessoas sortidas com propensões mais para o lado de "criadores de casos" (sérios) do que para o lado dos "criadores de acontecimentos"...

Como ninguém do milieu politécnico quis, se perfilou ou pretendeu aproveitar a "boquinha das fundações privadas de direito público", tenho andado eu, para aqui, conversando com os meus zippers, a meditar e a averiguar (sem sucesso) esclarecimentos sobre aquela "novidade intermitente" dos Consórcios de Instituições Politécnicas ou das tais Universidades de Ciências Aplicadas, de que já vos falei num dos meus posts de há uns dias atrás. Lembram-se? Esse mesmo dos camaleões! Cogitei também sobre as causas ou a origem da ideia, bem como dos circuitos e cruzamentos de supostas papeladas (propostas? e contrapropostas?) de que se desconhecem não só os autores como ainda os conteúdos: será o MCTES?, o CCISP?, Presidentes de Politécnicos? Alguns Presidentes de Politécnicos? Presidente do CCISP? O CRUP? (este para confundir....)? Apenas uma triste lembrança minha? (por distracção?)...

Eis se não quando, ontem, me aterraram no colo, uma outra vez, as seguintes notícias, ambas do Jornal de Negócios, subscritas pelo Jornalista Germano Oliveira, datadas de 22 de Abril de 2008 mas, desta feita, com informações recolhidas ao senhor Presidente do CCISP, respectivamente, nas páginas 33 e 34 - separata Campus do mesmo Jornal de Negócios: 1ª - Consórcios entre politécnicos e universidades estão em risco; e 2ª - Salvo quatro politécnicos não há dimensão crítica.

O Senhor Presidente do CCISP, como se não bastasse o RJIES falar, muito de relance em Fundações sem as definir, e colocando instituições respeitáveis na dúvida sobre como as concretizar, vem agora juntar mais uma peça ao puzzle e gasolina à fogueira, desta feita, envolvendo outras 15 instituições não menos respeitáveis - num dos artigos que referi, uma entrevista, o Senhor Presidente do CCISP diz-nos que pensa ser útil organizar os politécnicos em Consórcios, por NUT II, mas diz também que quer?/precisa? que uma entidade (o MCTES?) lhe defina, por ainda mais uma outra legislação (Decreto-Lei?), o que é que isso vai ser ou poderá ser... No entanto, diz-nos que já sabe que os futuros consórcios precisam de "lideranças fortes, responsáveis e responsabilizáveis"...
A questão a meu ver, está ainda muito longe de lideranças, pois se não se sabe bem o que é, nem para que serve, qual é a preocupação de se saber o perfil de quem irá por lá "mandar"?

Mas afinal:

- de onde é ou de quem veio mais esta ideia de Consórcio? - não será este termo, apenas um nome de baptismo, de uma repetição de outras tentativas anteriores sem qualquer sucesso?

- e, de onde veio a ideia das Universidades de Ciências Aplicadas (será isto só um nome "bonitinho" que, em Portugal, se dará aos tais Consórcios) ou corresponde aquela mesmíssima e gasta ideia de instituições alemãs e finlandesas, que são exactamente "os nossos" politécnicos, mas com esse nome?

- O RJIES impede a organização de consórcios e associações de instituições? Se as instituições se quiserem organizar, por qualquer objectivo comum quem as impede e como? O Senhor Ministro? Com base em quê?

- Se a legislação sobre os Consórcios é perturbadora para a actual fase de definição estatutária dos politécnicos porque surge agora e de repente mais esta questão, e não foi ela levantada na época certa? - isto é, antes do RJIES ser aprovado.

- A troco do quê, vai o MCTES no Despacho (??) impedir uma associação entre Politécnicos e Universidades? Não vai, nem pode!

- O que é que, exactamente, foi obstáculo para racionalização de recursos, que agora parece resolúvel pelos consórcios? Por favor, não nos diga que nunca foi tentada? Sabe porquê? Porque foi, por muito demasiado tempo!

- A massa crítica que não existe deve-se apenas ao tamanho das instituições - número de alunos? ou de ausências efectivas e pensadas políticas institucionais de formação?

- Os ditos 4 grandes politécnicos têm todas eles massa crítica?

- Como é, exactamente, recomendada a arquitectura dessa massa crítica?

Perante estas questões e muitas outras, na verdade, penso que não seja o receio da perda de autonomia que faz as instituições politécnicas não aderirem bem à ideia, o que as afasta é não se perceber bem a ideia. Explique lá outra vez, por favor!

Engano-me muitas vezes mas, sobre esta questão destes consórcios, não tenho qualquer dúvida em identificar se se trata de uma ideia estratégica ou de um plano de emergência - útil para quê? ou para quem?

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Sabem uma coisa? Penso que o artigo, de que lhes junto as referências em seguida, apesar de antigo, dá-nos belas pistas do que parece estar a acontecer com esta súbita criatividade e urgência insistente sobre consórcios dos politécnicos, pelas NUTII: JORNALISMO E ELITES DO PODER, Estrela Serrano, Escola Superior de Comunicação Social. UBI. 1999.
http://www.bocc.ubi.pt/pag/serrano-estrela-jornalismo-elites-poder.html

sábado, abril 19, 2008

Survival rates

Só para lembrar os meus caros e raros leitores, que gostem destas "coisas" - aqui está um mile stone: "survival rates do ensino superior" que se reportam ao último ano lectivo, imediatamente anterior às iniciativas do Processo de Bolonha.
Vamos precisar disto, lá mais para a frente... quando quisermos saber o que de facto significou a mudança de paradigma, ... tal como a fizemos.

terça-feira, abril 15, 2008

"Música para camaleões"

Alguém sabe, como é que os camaleões se protegem de predadores?
Se souberem, digam-me, está bem?
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"Ensino superior.
Politécnicos passam a consórcios regionais. Um projecto de despacho do Ministério do Ensino Superior indica que os actuais 15 institutos politécnicos públicos devem reorganizar-se através de consórcios regionais, "tendo como referência as NUT II, sem prejuízos de acertos específicos."


Sob este cabeçalho, no Jornal de Negócios, o jornalista Germano Oliveira (blogger do Blog de Campus) - benza-o Deus, porque poucos foram os informados - descreve-nos que está em preparação, ao nível do MCTES, mais uma sinfonia desafinada, para a educação superior - camada de baixo.

No entanto, desta vez, concordo, que 3 (enormíssimas confusões) sempre é um número inferior a 15, não sei é se esse reduzido número não acabará por ocupar ainda muito mais "mão de obra política", só para se desfazerem os fios às meadas ainda mais intrincadas - nestas condições, parece que os politécnicos "topam" mas, em troca, querem passar a Universidades de Ciências Aplicadas.
Perfilam-se mais 3 reitores? Pelo sim, pelo não, meus senhores, abram alas no CRUP!

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"I believe more in the scissors than I do in the pencil." - Truman Capote

Se até repolhos se podem organizar cartesianamente...

Se esta plantação de repolhos fosse minha, concerteza pareceria sofrer de jet-lag terminal ou o layout de um desastre de TIR em noite de trovoada, por isso, sou mesmo a última pessoa do Universo, a poder sequer dar palpites, em matéria de organização.
Mas, como todo o espírito caótico, e talvez por isso mesmo, não resisto a expor-lhes o que penso. É assim:

Classificações são sempre artificiais mas, vão por mim - dão um jeitão - porque permitem abordagens sistemáticas e mais rigorosas objectivando alcançarem-se soluções práticas para situações de grande complexidade.

Na época da sua publicação (6 de Fevereiro de 2007), passou-me despercebida a classificação "Fields of Science and Technology (FOS)", que deu origem à "Classificação de Domínios Científicos e Tecnológicos 2007". O GPEARI, felizmente, também participou nesta classificação, e recomenda, modestamente, "a sua utilização em todos os procedimentos passíveis de aproveitamento para fim estatístico".

Se todos tivéssemos sabido disto, se calhar, não teria sido mau termos adoptado, esta classificação para organização da Ciência Tecnologia e Ensino Superior em Portugal, nomeadamente, no que diz respeito aos enquadramentos organizacionais das instituições de educação superior.
A meu ver, tínhamos poupado muito tempo, aborrecimentos e, sobretudo, futuramente, gastos financeiros desnecessários, se todas as instituições de educação superior se organizassem não em faculdades, departamentos ou escolas, mas sim numa única rede, com maior ou menor ramificação, de áreas científicas e tecnológicas, sujeitas a critérios tão restritivos quanto se quisesse - seria apenas uma forma de baralhar e dar de novo, mas uma nova órdem de raíz permite contornar as permanentes e expectáveis explosões de "egos" demasiadamente expansivos - posso explicar o meu pensamento: Uma universidade ou um instituto politécnico deveria, obrigatoriamente, organizar-se por, no máximo, 6 (seis) grandes áreas científicas (Universidades) e tecnológicas (Politécnicos): 1. Ciências exactas e naturais; 2. Ciências da engenharia e tecnologias; 3. Ciências médicas e da saúde; 4. Ciências agrárias; 5. Ciências sociais e 6. Humanidades.

domingo, abril 13, 2008

Talvez possa ser um cisne.

Hoje, ao saltitar de blog em blog, de entre os que se dedicam à educação superior, fiquei a saber que - pelo Comunicado do Conselho de Ministros de 10 de Abril de 2008 (1), ponto 3 - se irá publicar mais um Decreto-Lei que procede (só agora) à oitava alteração ao Decreto-Lei n.º 296-A/98, de 25 de Setembro, que fixa o regime de acesso e ingresso no ensino superior.
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Claro que, ainda não temos o texto do Decreto-Lei, propriamente dito, mas -- se, por um lado, estamos habituados, que há apenas um interesse relativo da tutela para resolver, de forma eficaz, os problemas reais, antes porém, parecem apostados em garimpar novas encrencas e, por outro lado, atendendo às razões evocadas pelo Senhor Ministro, transcritas pelo jornalista Bruno Nunes, do Jornal Público, em 11 de Abril na Edição Impressa, não foram talvez muito convincentes -- esse tal Decreto-Lei, ainda na forja, não mereceu expectativas gerais favoráveis.

Porém, a mim basta-me que esse Decreto venha a incluir o conceito de estudante a tempo parcial e a suprimir a restrição à inscrição simultânea em dois ciclos de estudos superiores, para facilitar a vida futura de muitos estudantes. Estudantes que, por exemplo, deslizem as conclusões das suas formações iniciais, em um semestre, e que esta 8ª alteração - ao permitir-lhes matricular-se no mesmo ano lectivo, na formação seguinte - lhes vem fazer ganhar meio ano de vida profissional.
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Enfim, pode ser que este «patito legislativo», por enquanto, feioso, possa ainda tornar-se num cisne. Estou a fazer figas, até com os dedos dos pés, para que assim seja!
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(1)

quinta-feira, abril 10, 2008

Gestão de "fitness", nutricionistas financeiros precisam-se!

O gestor do blog 'Universidade Alternativa' (JCR)
sob este título: Desenfastiando: 'what else'? - v2 , recorda-nos, hoje, de forma muito interessante, um 'post' super-bem imaginado do emigrado Alexandre Sousa (blog Co-Labor) e dá-nos conta do estado geral das nossas preocupações com aquela velhíssima questão - "gatos gordos ou magros e cercas de malha estreita" - aplicada à (ausência absoluta) de gestão do Ensino Superior Português.
O post de JCR enfatiza a ausência de uma necessária e urgente política de gestão de "fitness" das instituições, de que os responsáveis máximos - Ministério e Organizações de Gestão de Topo do Ensino Superior Público Português - teimam em manter-se à margem.
Os dados do problema parecem ser simples - quer nos agrade ou não, o 'maioral' - estado (não o governo) Português - não tem possibilidades de manter as taxas de arraçoamento financeiro, e isto só pode ter uma consequência possível - a racionalização estratégica - estabelecer uma ideia perfeitamente consensual e clara do 'fitness' a atingir e fixar um prazo e uma 'Engenharia de Ementas' a condizer, mas maximizando a eficácia e minimizando prejuizos.
Não o fizémos nunca, até agora, pior, parece que nem o queremos fazer, e enquanto isso:
As vacas gordas e balofas pretendem, continuar 'Ad Eternum', a acumular enxúdias e, ao que me parece, são totalmente correspondidas, enquanto que as vacas 'esbeltas' (já anoréxicas) são inexoravelmente conduzidas ao magarefe, transformando-se em assentos (aliás, pouco confortáveis) das primeiras, sem se perceberem bem as últimas intenções, que não sejam estas mesmas.

sexta-feira, abril 04, 2008

À espera de um outro aquecimento global

Estamos no bom caminho?
Mas, enquanto os meus caros e raros leitores - tal como a maioria dos nacionais residentes - esperam pelo verão e aguardam o fim da sesta e dos sonhos, dos responsáveis pela Educação Superior em Portugal, podem ir lendo este copyrigthed material, generosa, desinteressada e gentilmente disponibilizado, pelo ISCTE ("a public university based in Lisbon"):

http://oecd-conference-teks.iscte.pt/OECD_vol1.pdf
http://oecd-conference-teks.iscte.pt/OECD_vol2.pdf
http://oecd-conference-teks.iscte.pt/OECD_vol3.pdf

Boas leituras, ... mas, depois, não sejam mauzinhos,...contem-me.

quarta-feira, abril 02, 2008

spearfishing interesting news

Meus caros e raros leitores, como ando para aqui noutros afazeres, só tive tempo de pescar.
Deixo o amanhar do peixe convosco.
Trata-se de um evento previsto, com pompa e circunstância, para dia 4 de Abril de 2008: "O Ensino Superior na Sociedade do Conhecimento" - OCDE divulga em Lisboa Estudo Comparativo que analisa as Reformas realizadas em Portugal nos últimos dois anos. (sublinhado meu)

Fui "pescar" um "Overview do Report", à origem, aonde estava pendurado desde ante-ontem. Aqui está ele - o aperitivo - se tiverem um tempinho sobrando, façam uma leitura de ante-estreia e, depois, contem-me... 'Tá bem?

The Report Tertiary Education for the Knowledge Society rovides a thorough international investigation of tertiary education policy across its many facets - governance, funding, quality assurance, equity, research and innovation, academic career, links to the labour market and internationalisation. Its specific concern is policies that ensure that capabilities of tertiary education contribute to countries’ economic and social objectives. The report draws on the results of a major OECD review of tertiary education policy - the OECD Thematic Review of Tertiary Education - conducted over the 2004-08 period in collaboration with 24 countries around the world. (sublinhado meu - lembro que em 2004, ano de boa colheita, éramos nós mais novos, e não era este MCTES, era o MCIES, recordam-se?)
....

Parar para pensar na resposta




Interessante artigo assinado por: Manuel Joaquim Matos
(MJMATOS do Blog "Que Universidade?")